quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

UM GRANDE ABRAÇO AOS AMIGOS DESTE BLOG, UM FELIZ 2010! MUITO OBRIGADO



Gostaria de agradecer, sinceramente a todos que lêem este blog, e se correspondem ou não, através de e-mails e mensagens, muito obrigado a todos pela participação e qualificação que dão a este blog.

Quando decidi começar a escrever algo aqui, em nenhum momento quis direcionar a verdade a minha ideia, não, não acho necessário, pois no futebol não existe verdade, e sim verdades, pois algumas vezes temos a mania de achar que somos donos dessa, quando na verdade ela não tem dono e nunca teve.

Temos a liberdade de seguir por onde quisermos e com quem quisermos, e de pensar de forma diferente, fazer testes, mudar filosofias e quebrar paradigmas, e quando posto aqui sei que posso falar o que quiser sobre a dimensão tática, e técnica, inclusive sem fundamentação teórica, pois a dimensão tática é assim, ela não pode ser cientificável (muda de treinador para treinador, tornando-se empírica de certa forma) , mas a dimensão física sim, esta pode e deve, portanto esta tem que ter fundamentação, precisa ter, e se engana profundamente quem acha que quando se treina em periodização tática, se deixa a dimensão física de lado, ela é tão importante quanto as outras, ou seja é um pilar pro modelo existir, sem ela não existe futebol, aliás, sem nenhuma das dimensões.

Muitas vezes ví coisas muito qualificadas em diversos sites e blogs, porém fora na realidade que me encontrava, um dos objetivos deste blog também é esse, apresento o FC Barcelona, mas também falo da minha equipe que não é nenhum Barcelona, longe disso, é uma equipe muito pequena e pobre, mas a metodologia e a filosofia precisam ser grandes (Mas também realistas!).

Um dos meus objetivos sempre foi o dividir conhecimento, não gosto das pessoas que escondem o conhecimento sobre qualquer assunto, pois acho que são medrosos. Quem sabe ensina, isso é uma realidade, e ensina-se não só em aulas, mas em conversas, em ideias, em exercícios, em comportamentos, até em um momento de silêncio, em tudo então acredito que o conhecimento nunca deve ser escondido, nunca, pois é dele que se progride, esse é o nosso grande dom em relação a todas as outras espécies, a inteligência e a capacidade de raciocinar e aprender diversas coisas, de mudar de ideia, então nada mais humano do que ensinar.

Portanto quero desejar aos amigos que aqui circulam um grande abraço, e continuem postando opiniões, ideias, críticas, pois isso motiva.

Abraço em especial à Lucas Oliveira, Rafael Vieira e Thiago Duarte, pois após uma conversa com os mesmos tive a idéia de realizar este blog, a Rodrigo Cezarin, amigo estudioso e prático apaixonado pela metodologia e parceiro de artigos, aos professores Diego Gomes também parceito de artigos, Diego Salomoni e Rafael Soutinho, minha comissão técnica no EC Cruzeiro, Aos grandes amigos de Cruzeiro Eduardo, Luis Antônio, Marcelo, André, Matheus, Leandro, Cláudio, Pavão, aos amigos de EC São José, Rodrigo (Grande capeão gaúcho 2009!), Rafael, Figueiró, Hodo, Alex, Maicon, Pit, Bebeto, Junior e em especial a Giuliano Moreira, pessoa que me abriu as portas do futebol, ao professor Luis Afonso (Grande professor!), Guilherme Rondon, Gustavo Leão (Grande preparador, parceiro de Junior, excelente profissional e amigo que 2009 me proporcionou), Fabiano Daitx, Cyro Leães , á Felipe Kssessinsky, Marcel Montalban, João Henrique, Cláudio Roberto, Julian Tobar, Rodrigo Albuquerque, Vandilson, Laerte, Gilterlan e todos os amigos que aqui frequentam, um grande abraço!

Um feliz ano novo a todos!

Que o ano de 2010 seja um grande ano de realizações e sorte a todos vocês, um grande abraço!

E pra vc um beijo Bia.


Luis Esteves

domingo, 27 de dezembro de 2009

A «ATENÇÃO» NO FUTEBOL

Futebol, um fenômeno antropossocialtotal.
Vitor Frade



Conversando com uma amiga psicóloga, sobre assuntos relacionados ao futebol e ao blog, chegamos ao assunto da concentração e da atenção, então, baseados no exercício postado por último no blog, resolvemos, através da visão dela no caso psicóloga, acentuar a participação do processo do treino, como intervenção, na área psico-cognitiva do jogador, ou seja, como o treino deve evoluir o processo de evolução, no caso, como estamos acostumados a falar, da concentração do jogador.

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A ATENÇÃO CONCENTRADA, DIFUSA E A CONCENTRAÇÃO

O futebol é o desporto coletivo mais difundido no mundo, por tamanha popularidade o nível competitivo aumentou bastante nas últimas décadas, e uma das áreas que vem contribuindo com o crescimento do rendimento é a psicologia.

Uma das contribuições desta dimensão, na visão da Periodização Tática é a Concentração. Podemos definir concentração como...um processo cognitivo que estimula o intelecto a focar em determinados estímulos e/ou contextos.

A recepção de estímulos é constante em nosso dia-a-dia, advindo de todas as partes. A seleção do que e de como focalizamos estas "excitações" vai depender de três fatores básicos. Os fatores fisiológicos que dizem respeito às condições neurológicas, os situacionais que tem a ver com o grau de atuação e solicitação do estímulo, o que pode levar a maior clareza da situação ou não e os motivacionais que tem a ver com a forma que o estímulo é apresentado, gerando interesse.

Acredito que ao se falar em futebol, ou qualquer outro desporto coletivo, o sucesso do alcance das metas de uma equipe dependerá, dentre muitos outros fatores, das estratégias de intervenção do treinador e de sua comissão técnica nos fatores situacionais e motivacionais.

Para isso é importante terem consciência de como um maior estudo deste fundamental processo cognitivo (atenção) pode fazer a diferença durante uma competição. É importante destacar que, de um modo geral, a atenção é dividida em Atenção concentrada e Atenção Difusa. E no esporte coletivo é importante que o atleta tenha bom desenvolvimento nestes dois tipos. A atenção concentrada possibilitará que o jogador foque sua percepção no que está realizando no momento, no drible, na cobrança de falta, no passe, por exemplo e a difusa o levará a perceber todo o contexto, conseguindo visualizar com qualidade vários estímulos ao mesmo tempo: o jogador adversário, a posição do goleiro, o colega de equipe... Durante a preparação para uma competição é importante que junto aos treinamentos sejam realizadas atividades que podem levar os atletas a potencializarem o que já possuem nestes âmbitos, com atividades que podem até mesmo ser associadas ao desenvolvimento de outras habilidades.

Treinar a cobrança de falta, por exemplo, gera ao mesmo tempo um desenvolvimento da atenção concentrada. Já um treinamento com jogadores com coletes de cores distintas na mesma equipe, como a atividade proposta por Julian Tobar no exercício de comunicação (último post), vai gerar um maior desenvolvimento da atenção difusa. Ao meu ver é na difusa que há de se ter um “atenção” especial, já que a percepção do todo pode levar a equipe a se posicionar melhor, trocar passes com mais estratégia, estar atenta ao posicionamento dos adversários e assim, realizar um jogo com mais êxito.


B. Sperandio - Psicóloga



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Realmente, o exercício citado gera de fato um alto nível de estímulos relacionados a concentração do jogador no jogo, muitas vezes a mudança de equipes gera um conflito mental, que por repetição acaba por gerar um mecanismo de atenção muito forte, além de outros diversos princípios que podem ser elevados, este, neste exercício me chamou muito a atenção, acho pertinente para nós treinadores sabermos diferenciar as atenções, como foi citado acima, entre difusa, e concentrada, o futebol é em sua maior parte formado por atenção difusa, e em alguns momentos concentrada, ao realizar ou criar um exercício temos que levar isso em consideração.


OBSERVAÇÂO ESPECIAL:

Quero deixar um abraço especial para o meu amigo treinador Rodrigo Santos Silva, do Esporte Clube São José, que na última quarta-feira realizou a proeza de ser campeão gaúcho sub-12, coisa nunca ocorrida no clube, um grande abraço professor, e parabéns pela conquista, vocé é sem dúvida um vitorioso nato.

E ao amigo professor Lucas Oliveira, pelo título do campeonato brasileiro sub-20, ao qual o Grêmio FBPA se tornou bí-campeão nesta terça-feira, um grande abraço professor, parabéns pelo caminho que estra trilhando.


Um grande abraço, obrigado Bia!

Feliz natal a todos!

Em breve deixarei uma mensagem de ano novo.

Luis Esteves

la_futeboll@hotmail.com

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

FC BARCELONA - MAIS QUE UM TIME, UMA FILOSOFIA DE FUTEBOL

O fato é que o Barcelona entrou para a história, ganhou tudo o que se tem para ganhar em uma temporada, absolutamente tudo, e jogando bem. Este é o detalhe. Nunca mudou sua filosofia, nunca, nem mesmo nos piores momentos como na final em Adu Dhabi.

Um 4.3.3 legítimo, com dois meias, quem joga assim hoje? torço para que, como tudo no futebol historicamente, tenhamos uma maré de 4.3.3 nas equipes brasileiras, com dois meias, um volante, atacantes de ponta e um futebol ofensivo, em que joga-se para ganhar e não para não perder, alguns podem dizer, mas não tem Henry, Messi, mas digo, Mano Menezes fez o mesmo com Dentinho e Jorge Henrique, então, dá. Ou vai me dizer que Pedro é um craque? não, só é bem treinado, é um bom jogador bem treinado, eis a questão.


Viva o 4.3.3, viva a posse de bola, viva o Barcelona, viva o futebol que joga para ganhar.


Um abraço

Luis Esteves

la_futeboll@hotmail.com

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

EXERCÍCIO ESPECÍFICO - COMUNICAÇÃO

Com o objetivo de ampliar o leque de opções e criações dos profissionais de futebol que participam deste blog, coloquei já a disposição para os que se interessem a publicar exercícios ou qualquer coisa relacionada ao treino, ao futebol e a periodização tática, sendo que iniciarei hoje com um exercício do amigo professor Julian Tobar:

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EXERCÍCIO ESPECÍFICO - COMUNICAÇÃO:



Jogo das Cores:


São formadas quatro equipes (vermelhos, amarelos, azuis e brancos) e o treinador dirá quem joga com quem (ex: branco com vermelhos), então estes deverão jogar juntos, e a qualquer momento o treinador quando bem entender dirá outras cores e formar-se-ão outras equipes. Os atletas deverão estar muito concentrados no exercício, pois de uma hora para a outra seus colegas já não são mais os mesmos, ou seja o principal objetivo deste exercício, além de desenvolver o Modelo de Jogo é a comunicação entre os atletas, que entendemos ser um aspecto chave do sucesso de equipes vencedoras.

Julian Tobar

Treinador

Projeto Tricolor sub 12 - Grêmio FBPA

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Deixo então a disposição dos amigos que quiserem publicar algo neste espaço, com prazer publicarei aqui no blog. Em breve estarei publicando aqui alguns exercícios enviados pelo professor Cláudio Roberto (http://www.claudioroberto.com.br/) e pelo professor Rodrigo Albuquerque.

Um grande abraço.

Luis Esteves

la_futeboll@hotmail.com

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

UMA REFLEXÃO (DESORDENADA) SOBRE ALGUNS PONTOS IMPORTANTES PARA A PRODUÇÃO DE UM FUTEBOL DE QUALIDADE

"O segredo do futebol é fazer extremamente bem as coisas simples"

Bobby Moore




Sendo objetivo e simples em uma definição de uma equipe de qualidade, pensei no FC Barcelona ou do Arsenal FC como modelo de equipe que gera um tipo de futebol de alta qualidade (para mim o futebol de qualidade, é o futebol bem jogado, com posse e domínio do jogo, com velocidade e muito jogo coletivo... isso para mim...), um futebol bonito de assistir. Estas equipes apresentam algumas características:


FC Barcelona



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QUALIDADE INDIVIDUAL

IMPOSIÇÃO MENTAL

O jogador precisa saber impor o futebol, o treino, no jogo, e para isso tem que ter um tipo de personalidade que o permita fazer isso, nem todos tem regularidade, nem todos jogam sob pressão, os sanguíneos e coléricos e alguns fleumáticos conseguem se colocar melhor em modelos desse tipo, em especial os sanguíneos. (seguindo uma referência simplificadora de personalidades). Daí a importância na escolha do jogador.


DESENVOLVIMENTO GERAL ADAPTADO AO MODELO


O jogador precisa estar bem preparado desportivamente, ou seja, precisa estar treinado e bem treinado, em todas as dimensões, se não resiste em determinado momento ao modelo. A Tática não é técnica, não é física e não é psicológico, mas precisa de todas estas para se manifestar.


EXPERIÊNCIA DO JOGADOR

É importante a mescla de jogadores com bagagem e de jogadores com menos experiência, porém se o jogador tem um tipo de personalidade ativa, definidora, decisional, inteligente, motivadora, ele consegue suprir a falta de experiência no campo.

TALENTO


O jogador, o modelo e o sistema têm que se complementar, e é difícil acertar isso logo de cara, é preciso treino(s) por isso a importância de uma definição de princípios, para saber qual o jogador mais adequado, mas de antemão já digo que, independente do tipo de jogador, terá que ter qualidade técnica, pois este tipo de jogo requer um passe bom, um primeiro toque na bola muito bom, ou para passar ou para dominar, isso gera a velocidade coletiva.

SISTEMA DE JOGO E JOGO POSICIONAL

O sistema ideal é o que forme em sua estrutura o maior numero possível de triângulos e losangos no campo, forma geométrica esta que permite um maior número de opções no local em que se encontra o jogador com a bola, é o mais adequado para este tipo de jogo. O sistema é a estrutura em que ocorrem as ações do modelo. O sistema de jogo possibilita o jogo posicional, que por sua vez possibilita a velocidade coletiva.



TRIÂNGULOS E LOSANGOS

Os triângulos são figuras geométricas que se restringem a três lados, para o desenvolvimento do jogo de passes a formação de triângulos é fundamental. OS losangos também são gerados pela aproximação ao homem da bola, a fim de manter a posse e progredir de forma segura.




JOGO APOIADO


É o jogo de aproximações, um jogador ao receber a bola deve ter opções de diversos tipos, para que escolha a que achar mais adequada dentro da sua capacidade decisional:

- Começo

- Virada

- Fundo

- Finalização



ZONAS DE CRIAÇÃO

São zonas que devem estar preenchidas para haver uma velocidade na capacidade de decisão dos jogadores, resumo as seguintes zonas:


CIRCULAÇÃO DE BOLA

Uma arte a de circular a bola com paciência, mas de forma objetiva, muitos confundem ter a bola com ficar com a bola sem objetivo, o objetivo do futebol sempre foi o gol, e sempre vai ser então posse sem este objetivo é qualquer coisa fora do futebol, portanto o gol é sempre o alvo, mas querer isso, e ficar com a bola por um longo tempo, é uma arte que depende de vários fatores já citados.


TRANSIÇÕES DEFINIDAS

Uma boa transição é gerada através de um jogo treinado, pode-se transitar em velocidade ou em segurança, e o jogador precisa saber as duas formas, pois faz parte do jogo escolher as duas, e isso o treino analítico tem maior dificuldade em ensinar, a periodização tática, tem mais facilidade, pois se quer ser rápido em uma investida, precisa de velocidade coletiva, precisa de passes precisos, precisa de mobilidade coletiva, precisa de características treinadas, e bem treinadas.

VELOCIDADE COLETIVA



Citei várias vezes este princípio, que para mim é simples, e pouco tem a ver com a velocidade de deslocamento. Vou ser simples na definição de conceitos:

-Velocidade de deslocamento = Velocidade individual, da fibra muscular, da reação, do pensamento, da ação, do deslocamento sem bola, é importante, porém não é a mais importante.

- Velocidade coletiva = Velocidade da equipe e da bola, portanto um jogador de fibra lenta pode ser rápido, se pensar dentro da equipe nas ações da equipe, e no momento em que muitos jogadores de uma equipe pensam a mesma coisa ao mesmo tempo, se adquiriu a velocidade coletiva, isso tanto no momento ofensivo como defensivo.


VELOCIDADE COLETIVA - ARSENAL FC


ALTERNÂNCIA DE RITMO E DISTÂNCIAS DE PASSES

Diz respeito à forma como o passe será dado, poderá ser curto (de 2 a 20 metros) ou longo (de 25 a 50 metros, ou mais), e poderá ser de risco ou seguro, dependendo da zona, pode se utilizar tipos diferentes de passe.

ALTERNÂNCIA DE CORREDOR DE INVESTIDA


A capacidade de ter a bola implica muitas vezes num nervosismo para a investida do ataque, é preciso controlar esta ansiedade, e saber achar o espaço para investir, e isso às vezes leva alguns segundos a mais do que o esperado, por isso a importância da variação de corredores para a investida da bola e dos jogadores, dentro de um jogo posicional.




SAÍDA VERSÁTIL

A saída de bola é um princípio próximo a da versatilidade na investida, pra sair jogando é a mesma coisa, às vezes dá pra sair jogando pelo lado, com laterais, às vezes pelo meio com volantes, às vezes numa bola longa com os pontas, às vezes numa bola diagonal com os meias e atacantes de centro, depende do momento, tem que se saber escolher.



TROCAS POSICIONAIS

O futebol de hoje, é um futebol de pressão, principalmente no que diz respeito ao terceiro terço de campo, ou a ultima parte do campo, as equipes se compactam bem hoje, principalmente em níveis elevados, e isso dificulta muito a entrada com bola neste setor, por isso a troca de posições se torna interessante, levando em consideração as zonas de criação, pois se não houver equilíbrio posicional, não há velocidade coletiva.

ESTRUTURAS FIXAS E MÓVEIS

Dentro do sistema tem jogadores dinâmicos, e outros estáticos, é importante definir isso de acordo com o que se quer, eu gosto de formar um triângulo defensivo que conta com os dois zagueiros,


PRESSÃO / BLOCO

É uma tónica do futebol atual, porém pressionar tem alguns detalhes que vejo na prática serem pertinentes saber:

Local da pressão = Na zona do 1º terço, acredito que a melhor marcação seja a pressão sem desarme, na espera pela interceptação ou desarme simples, pois o perigo de cometer faltas nessa zona é grande e é sempre um risco. O ideal é em caso de não se estar com a posse, obrigar o adversário a levar a bola para a zona do 2º terço, isso se faz fechando opções de passe (Compactação).

No 2º terço é a melhor zona para dobrar a pressão, ou seja, pressionar pela frente e pelas costas do adversário. Com dois jogadores para um deles.

Na terceira parte do campo, a melhor marcação é a pressão, em bloco, podendo ser mais agressivo pois faltas ali não tem interferência maior.

Tipo de pressão = Pode-se fazer pressão simples, ou a dobra de marcação/pressão.

Momento da pressão = Identificar o momento de pressionar é importante, pressionar sozinho é difícil e desgastante, a pressão deve ser feita em um bloco grande, de preferência com no mínimo 3 jogadores.





BOLA PARADA DEFINIDA

Uma bola parada defensiva e ofensiva gera tranquilidade, mas precisa ser congruente e não muito complexa, a simplicidade às vezes é mais importantes






Um abraço

Luis Esteves

la_futeboll@hotmail.com



terça-feira, 1 de dezembro de 2009

PRELEÇÃO

Vídeo que utilizamos no último jogo da 3ª fase, onde precisávamos ganhar fora por 3 gols de diferença, e torcer pelo Internacional (já classificado) em um jogo paralelo, ganhar por 2x0 do Garibaldi, no Beira - Rio...perderam por 1x0. (Também quem mandou nossa equipe não pontuar em outros jogos chave, classificou Inter e Garibaldi).

Ganhamos por 4x0, mas não classificamos....quem diria heim Inter, hoje precisam de uma vitória paralela do Grêmio ..hehehe..esse futebol é uma figura mesmo.

Voltando ao vídeo, é básico, simples e feito no Movie Maker, sinceramente acho que vídeos motivacionais não ganham o jogo, mas ajudam, estimulam, motivam, agem de certa forma como marcadores somáticos, ou relembram situações que podem nos interessar ou não.

Acho interessante colocar esse vídeo, porquê está dentro da realidade da maioria dos profissionais que entram neste blog, que não contem com programas melhores de edição, então, faça o seu vídeo.

Pensamos na época em colocar gols da equipe, mas ficamos sem os DVD´s e não deu pra fazer, mas era uma idéia. Usamos este vídeo no vestiário do Cristo Rei - São Leopoldo, estádio do CE Aimoré, um pouco antes do aquecimento, com um projetor, mas pode ser feito em um computador ou até mesmo com uma TV em DVD.

Um abraço

Luis Esteves

la_futeboll@hotmail.com

sábado, 28 de novembro de 2009

MONTAGEM DA PRELEÇÃO - UMA OPINIÃO SOBRE A MONTAGEM NA SEMANA

O futebol nos responde tudo...se soubermos como perguntar.
Júlio Garganta citado por Prof. Cícero e Rafael
Seminário sobre Periodização Tática

Um dos fatores determinantes na semana de um time é a preleção, e quando falo preleção posso estar sendo conceitualmente errado, pois considero preleção uma junção de informações que o jogador recebe em uma semana de trabalho, que culmina no jogo e inicia na avaliação do jogo anterior, envolvendo diretamente a parte estratégica do jogo e da competição, e levando em primeiro lugar a preocupação com o proprio modelo da equipe.

Para exemplificar, vou colocar um exemplo meu de algumas situações de preleção que faço ou fiz.

Começando, se temos um Modelo de jogo, temos uma avaliação pós-jogo, que chamamos de RELATÓRIO DE JOGO, juntamente com uma AVALIAÇÃO DE GRUPO, que é feita imediatamente após a saída dos jogadores do campo.

São estas, RELATÓRIO E AVALIAÇÃO:

RELATÓRIO DE JOGO



AVALIAÇÃO DA EQUIPE




Lógico que estas avaliações só tem sentido se partirem de uma ideia de jogo, quem vem do modelo, como temos um definido, podemos avaliar de forma qualitativa na comissão e jogadores, o resultado que obtivemos em termos de produção no jogo, se são ou não os que buscamos da equipe.

Após isso, chegamos as conclusões de que princípios temos que melhorar dentro dos momentos, e pelo principio das propensões, montamos a semana de treino, buscando determinado resultado ou crescimento para o próximo jogo.

Mas voltando a semana de treino, para a preleção, após o jogo, iniciada a semana de treino, podemos iniciar a preleção, por exemplo, terça-feira na representação, podemos fazer uma avaliação qualitativa do rendimento, podendo colocar situações quantitativas para auxilio, como passes errados ou número de finalizações no jogo.

Com a interação dos jogadores, o que é fundamental, chega-se ao final da avaliação do jogo anterior. Passamos então a recuperação ativa para o treino de terça, ou alguma aquisição, depende do planejamento da comissão, e para o próximo jogo.

Aqui colocarei um exemplo, de um jogo nosso pela categoria júnior, já pela estreia da 3ª fase, onde haviam apenas 8 equipes, nossos grupo era composto por:


-*CE Aimoré (Não classificou)

-*EC Cruzeiro (Acabou em 5º lugar no geral)

-AE Garibaldi (Acabou em 3º lugar no geral)

-SC Internacional (Acabou sendo o campeão)

*Na fase anterior, estivemos no mesmo grupo do CE Aimoré, onde classificamos em 2º lugar atrás exatamente do CE Aimoré, não classificaram EC Novo Hamburgo e EC São Luiz - Ijuí.


PRELEÇÃO - EC CRUZEIRO X CE AIMORÉ

3ª FASE CAMPEONATO ESTADUAL 2009


TERÇA-FEIRA

Na terça-feira, como se iniciou uma nova fase, podemos colocar novas metas, neste caso as metas foram definidas pela equipe, em conjunto com a comissão técnica. Pode-se colocar imagens do jogo anterior, como erros e acertos de determinaram o resultado, dentro das previsões do modelo de jogo.


QUARTA-FEIRA

Na quarta-feira, podemos colocar em forma de vídeo no projetor com imagens, situações relacionadas ao adversário, como posicionamento, equipe base, sistemas pontos fortes e fracos , de forma rápida e objetiva, como segunda opção pode-se utilizar um quadro magnético grande para realizar isso, ou até mesmo um quadro com folhas, tanto faz, o importante é, que a equipe tenha conhecimento dos setores, sistema e cultura de jogo do adversário. Podendo até mesmo formular opiniões e soluções para determinada situação, levando em conta o modelo de jogo que já existe, o nosso. Ou seja, neste dia definimos como podemos ganhar ou perder o jogo.


OBSERVAÇÃO: No caso deste jogo, tínhamos súmulas que ficam disponíveis no site da FGF e dois vídeos do Aimoré, dos dois jogos anteriores a este contra nós, aos quais em São Leopoldo perdemos por 2x0 e no último jogo da fase, no qual empatamos em Porto Alegre por 2x2, nestes dois jogos minha equipe apresentava um 3.5.2 / 3.6.1, sendo que tentei colocar um 4.4.2 na estreia, mas tive que mudar ainda no primeiro tempo, pois a equipe se encontrava adaptada demais a uma forma de jogar, bem diferente da minha, então modifiquei minha filosofia. A equipe do EC Cruzeiro tinha uma característica de molde ao adversário presente ao seu modelo, com marcação individual e contra-ataques, princípios estes que eu não utilizo, porém me adaptei a situação.


OBSERVAÇÃO: O Slide acima contém dois erros, um a nomenclatura do Meia, que está como 2º volante, e outro o momento, está como O.D. (Organização Defensiva) e era na verdade O. O. (Organização Ofensiva).
OBSERVAÇÃO: Fizemos uma análise do CE Aimoré, baseado em vídeos (02) de jogos contra nossa equipe, e percebemos que eles apresentavam características de comportamento de um modelo de jogo mais rudimentar, era uma equipe com pouca circulação, com muita dificuldade em armação de jogadas pelo meio, porém com bolas laterais/verticais chatas, e descobriu nisso a fórmula de ganhar da nossa equipe, no primeiro jogo já que jogávamos com 3 zagueiros e dois alas (deixando um espaço laterai a zaga) , e de criar muitas situações de finalização no segundo jogo. Além disso tinha bons jogadores no setor ofensivo, em especial o número 10 e 9, jogadores que já estavam na categoria profissional, e que desciam para jogar pelos juniores.

Eles marcavam de forma zona, sem pressão, bem compactados, em um 4.4.2 quadrado, e com a bola em transição passavam para um losango, com o meia virando um 3º atacante. Desta forma nos ganharam na estréia da 2ª fase, e empataram na nossa casa, por 2x2, jogando de forma idêntica, com uma pequena diferença no posicionamento do bloco de marcação, fora de casa era bem defensivo, em casa era médio. Porém por saberem que nossa equipe jogava na maioria das vezes com apenas um atacante, mais lento e centralizado, e assim jogou os dois jogos, eles encaixavam uma marcação dos dois zagueiros e liberavam os dois laterais, já que o jogo dessa equipe era totalmente concentrado pelo lado em que a bola se encontrava, raríssimas vezes um dos volantes fazia uma virada de lado. Ver imagens acima.


Quarta-feira é o primeiro dia aquisitivo, muitos morfociclos indicam um treino de resistência de força, ou força específica neste dia, colocadas por arrasto na divisão dos sub-princípios que se pode treinar, ai é problema da comissão e do treinador achar exercícios para isto. Lembrando que, pode-se formular o exercício que quiser, levando em consideração determinada situação do adversário, JÁ QUE TEMOS O MODELO DE JOGO DO MESMO, OU PELO MENOS PENSAMOS QUE TEMOS.


QUINTA-FEIRA


Quinta-Feira é o melhor dia, temos o maior ganho pois há a globalização da equipe, já que normalmente setorizamos os exercícios na terça, quarta e sexta, pela menor complexidade e exigência mental na resolução de problemas e informações. Neste dia sim, a complexidade do treino é máxima, entramos na composição da própria equipe, e da equipe adversária, utilizando exercícios que proporcionem a situação que julgamos que irá ocorrer no jogo, corrigindo e potencializado nossos pontos fortes em relação ao jogo que esta por vir.


OBSERVAÇÃO: Então neste jogo coloquei minha ideia de sistema, já vínhamos utilizando alguns princípios como manutenção da posse, compactação, abertura, dentre outros, porém alguns princípios eram prejudicados por o sistema em uso não apresentar geometricamente uma estrutura mais adequada a realização dos mesmos em termos de equilíbrio posicional no campo.


Então para este jogo utilizei um 4.5.1 / 4.3.3 e troquei a funções de dois jogadores de ataque, buscando o aproveitamento do espaço que o CE Aimoré dava nas costas dos dois laterais, já que seguindo um pensamento lógico, nosso time jogava com apenas um atacante, e para isso dois zagueiros eram o suficiente, eles então liberavam os dois laterais, e concentravam os ataques por ali. Então decidi que liberaria a marcação dos dois zagueiros do CE Aimoré, e com isso liberei mais um sobra, ou sejá, além de um dos zagueiros que normalmente sobra (Esta equipe era muito dependente da sobra em todos os lances) tínhamos do lado da bola mais um sobra, o lateral. Com a decida quando necessário de um dos atacantes de ponta normalmente tínhamos superioridade numérica no meio e nos lados, detalhe que a dupla de zaga do CE Aimoré não tinha potencial de subida com bola, o que facilitou essa estratégia.


Para a infiltração no espaço que a dupla de laterais deixava, criamos um mecanismo que visava o seguinte: Tínhamos para este jogo um jogador rápido e pequeno (REBOLLO), ao qual posicionei entre os dois zagueiros, o que a princípio parece absurdo, já que este não tem imposição física, e coloquei em uma das pontas, o centroavante, mais lento e alto (JONAS), fazendo que, quando estivéssemos com a posse da bola, o atleta REBOLLO saísse em velocidade para receber a bola em qualquer um dos lados, e JONAS infiltrasse no seu espaço para finalizar, junto com a movimentação dos outros jogadores, dentre eles JORTER que era um meia aberto, que também infiltrava pelo meio.


SEXTA-FEIRA

Na sexta-feira a complexidade é baixa, a oposição também e voltamos a setorização, as vezes treino a bola parada na sexta, sem oposição. Neste jogo nossa preocupação com a bola parada do CE Aimoré era pequena, pois não tinham eles grande eficácia nesse princípio. Más nossa preocupação com nossa própria bola parada era grande, como verão em seguida.

Finalizamos a semana com algumas informações mais detalhadas, quase individuais.







RESUMO DO JOGO:

E.C.CRUZEIRO 3 X 2 C.E.AIMORÉ



Primeiro gol: aos 6 minutos, Rebollo recebe uma bola pelo lado esquerdo do nosso ataque, e sofre falta. Cruzamento no primeiro poste, e Dalmoro devia a marca 1x0.

Segundo gol: Pressão e bola roubada no meio de ataque, bola enfiada dentro da área entre o espaço do zagueiro e lateral, e Jorter marca, 2x0.

Terceiro gol: Bola roubada na nossa lateral esquerda, virada até o meio, circulada cerca de 7 passes até chegar na entrada da área, onde Cleivan finaliza e faz 3x1.

Acredito que, a análise e o planejamento deste adversário tenha sido fundamental para nossa equipe ganhar o jogo.



OS SLIDES ACIMA FORAM APRESENTADOS ANTES DO JOGO, CERCA DE 11:00 DA MANHÃ, ANTES DO ALMOÇO DOS JOGADORES.

OU SEJA, FIZEMOS UMA REVISÃO DE TODA A SEMANA, ANTES DO JOGO. É PRECISO TER CUIDADO COM O EXCESSO DE INFORMAÇÕES E COM O TEMPO!

NESTA MESMA COMPETIÇÃO UTILIZAMOS ALGUMAS VEZES VÍDEOS MOTIVACIONAIS, NÃO SOU MUITO ADEPTO DISSO, MAS ACREDITO QUE EM ALGUNS JOGOS AJUDOU A CONCENTRAR A EQUIPE, DENTRE ELES:

EC NOVO HAMBURGO 0X2 EC CRUZEIRO - JOGO QUE NOS CLASSIFICOU PARA A 3º FASE.

CE AIMORÉ 0 X 4 EC CRUZEIRO - JOGO ESTE QUE DEFINIU A CLASSIFICAÇÃO, SENDO QUE TÍNHAMOS QUE GANHAR POR 3 GOLS DE DIFERENÇA, E TORCER PARA QUE O INTERNACIONAL GANHASSE POR 2 GOLS DO GARIBALDI, INFELIZMENTE GANHAMOS POR 4X0 PORÉM O INTER ACABOU PERDENDO EM CASA POR 1XO, O QUE NOS ELIMINOU POR TABELA, CLASSIFICANDO O GARIBALDI.

EM OUTRO POST COLOCAREI VÍDEOS QUE FORAM MONTADOS EM DIFERENTES PRELEÇÕES. NEM TODAS AS PRELEÇÕES SEGUEM ESTE PROTOCOLO. NESTA MESMA EQUIPE TIVEMOS PRELEÇÕES DIVIDIDAS EM DUAS OU ATÉ TRÊS PARTES, SENDO UMA TÁTICA E OUTRA MOTIVACIONAL, OU UMA TÁTICA, OUTRA MOTIVACIONAL E OUTRA ESTRATÉGICA, DEPENDE DO PLANEJAMENTO DA COMISSÃO.

OBSERVAÇÃO IMPORTANTE: SÁBADO E SEGUNDA FOLGAMOS, MAS EM CASO DE TREINO SEGUNDA PODERÍAMOS SEPARAR MELHOR O CONTEÚDO DE INFORMAÇÕES, ISSO NÃO É FIXO VAI DO BOM SENSO DA COMISSÃO EM SENTIR A DISPONIBILIDADE DE CONCENTRAÇÃO DO GRUPO.

Um abraço
Luis Esteves
la_futeboll@hotmail.com

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

A RELAÇÃO COMPLEXIDADE X PERIODIZAÇÃO TÁTICA

A contribuição da teoria da complexidade à modelagem de sistemas

Maria Silene Alexandre Leite (UFSC) leite@eps.ufsc.br

Antonio Cesar Bornia(UFSC) cesar@eps.ufsc.br

Christianne Coelho de S. R. Coelho (UFSC) CCSRC@uol.com

Resumo

Este artigo discute algumas questões pertinentes a modelagem de sistemas. Aborda-se diferenças essenciais entre os distintos tipos de sistemas e a intervenção apropriada, diantedas características particulares de cada um. Para isso, descreve-se a abordagem cartesiana,a abordagem holística, a abordagem dos sistemas complicados e a abordagem dos sistemas complexos. O objetivo é evidenciar as diferenças entre as abordagens apresentadas e mostrarque a modelagem aplicada ao sistema deve considerar as peculiaridades de cada abordagem.

Palavras-chave: modelagem, sistema, complexidade.

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1. INTRODUÇÃO

É comum a afirmação de que a sociedade atual possui um funcionamento mais complexo doque as sociedades que a antecederam. A percepção do acelerado aumento de problemas nasrelações individuais, sociais e culturais associado à crescente incerteza do ambiente, leva abusca de novas alternativas de intervenção neste ambiente mais complexo e mutável. As alternativas de intervenção começam pelo seguinte questionamento:

Como o observador percebe o sistema analisado?

O observador é o sujeito que intervêm no sistema, delimitando e determinando-lhe objetivos. Assim, de acordo com sua visão o sistema será modelado.A modelagem, por sua vez, assume, mais freqüentemente, o caráter analítico não respondendo, eficientemente, as necessidades dessa sociedade mais complexa.Os modelos analíticos subdividem os problemas para dominá-los. A modelagem analítica busca explicar os problemas, isolando-os da realidade global. Só assim é possível controlar as interferências externas e conseguir resultados precisos e certos. Esta abordagem proporcionou o desenvolvimento da ciência e possibilitou ao homem avançar seus conhecimentos sobre o funcionamento do universo.

Contudo, os modelos analíticos desconsideram a interferência do global no particular e vice-versa, o que impede o completo entendimento dos mecanismos reguladores e das repercussões alcançadas pelo sistema estudado. Isto reduz a riqueza do sistema a uma visão cartesiana da realidade. Sendo assim, os modelos sistêmicos, da mesma forma que os sistemas analíticos, também subdividem os problemas para estudá-los, mas consideram a parte subdividida integrada aocontexto global da qual foi recortada. A abordagem sistêmica busca compreender o contextodo problema para, a partir disto, criar uma realidade inteligível. Esta abordagem entende que o risco e a incerteza fazem parte do contexto e que a intervenção humana apenas a reduz. É importante ressaltar, que, o mundo civilizado ocidental foi construído a partir de modelos analíticos. Por isso, a própria educação desintegra as áreas da ciência umas das outras, dandoa impressão errônea, de que são separadas e sem comunicação. O objetivo desse artigo é mostrar as diferentes abordagens para modelar um sistema eapresentar a importância da teoria da complexidade neste processo.

2. Breve abordagem da teoria da complexidade

O termo complexidade é de difícil conceituação. Existem muitas definições de complexidade, algumas enfatizam a complexidade do comportamento do sistema, outras enfatizam a estrutura interna do sistema, seu funcionamento. Por outro lado, o conceito complexidade pode ser encontrado em vários campos, desde os sistemas naturais, representados pelos sistemas biológicos, físicos e químicos aos sistemas artificiais, tais como sistemas computacionais e estruturas organizacionais.

Gell-Mann (1996) discute a questão da simplicidade e da complexidade relacionadas respectivamente a complicação e a complexidade. Ele diz que simplicidade se refere à ausência (ou quase ausência) de complexidade. Enquanto a primeira palavra é derivada de uma expressão que significa “que já foi dobrado”, a última vem de uma expressão que significa “trançados juntos”. Nota-se que plic para dobrar e plex para trançado vem da mesma raiz indo-européia plek. A palavra original complexus significa “entrelaçado”, “torcido junto”.

Segundo Heylighen(1988) para ter a complexidade é necessário que o sistema possua:

(1) duas ou maispartes ou elementos diferentes;

(2) que as partes ou elementos sejam conectadas.

Pode-se perceber que a definição básica de complexidade apresenta um aspecto dual, ao mesmo tempo em que apresenta partes diferentes são unidas pelas interações. Os termos teoria da complexidade, teoria do caos, teoria das catástrofes, geometria fractal e a física quântica são chamadas de novas ciências. Elas apresentam em comum o conceito de complexidade como guia de seu funcionamento. São, também, denominadas de novas ciências por considerarem a incerteza e imprevisibilidade que conectam os fenômenos.

Esta abordagem se opõe à visão tradicional do pensamento organizacional, que pressupõe relações lineares de causa e efeito aplicando os conceitos da física de Newton á gestão das empresas. No entanto, o limite entre uma teoria e outra, nem sempre, é apresentado com clareza na literatura. Todas elas estão ligadas, de certa forma, pela essência do conceito de complexidade. A história da teoria da complexidade no decorrer do século XX pode ser descrita, segundo Abraham (2002), pela associação de três campos da ciência: a cibernética, a teoria dos sistemas e os sistemas dinâmicos. A cibernética é um campo interdisciplinar, surgido oficialmente em 1946 em New York, por um grupo de oito cientistas que vinham de áreas diferentes. Da matemática: Norbert Wiener,Jonh Von Neumann, Walter Pitts. Da engenharia: Julian Bigelow e Claude Shannon. Da Neurobiologia: Rafael Lorente de No, Arturo Rosenbluenth e Warren McCulloch. Mais adiante, se juntaram a este grupo antropólogos e cientistas sociais. Alguns dos assuntos estudos pelo grupo foram: redes de feedback, inteligência artificial, comunicação, entre outros.

A teoria geral dos sistemas foi reconhecida, no meio cientifico, como o contraponto europeu ao movimento cibernético americano. Seu surgimento oficial ocorreu em 1956, com a criação por Ludwig Von Bertalanffy da sociedade para a pesquisa do sistema geral, em Stanford. Ele migrou, em 1950, de Vienna para América do Norte, tendo como principais idéias: holismo,organicismo e sistemas abertos. A teoria dos sistemas dinâmicos é um amplo ramo da matemática criado por Isaac Newton eatualizado por Poincaré em 1880. Após 1975, tornou-se conhecida como teoria do Caos, seguindo o impacto da revolução dos computadores e a descoberta dos atratores caóticos. A aplicação da teoria dos sistemas dinâmicos engloba a matemática, a biologia, a medicina e asciências sociais.

Deste o surgimento dos computadores analógicos e digitais, no século XX, sua aplicação se expandiu e ganhou importância. Sua difusão deve-se, principalmente, aostrabalhos de Jay Forrester e seu grupo no M.I.T.Entre os três campos anteriormente descritos, podem existir várias e diferentes conexões deacordo com os objetivos do estudo. As ligações entre as comunidades interdisciplinarescrescem em número e intensidade, difundido a importância de usar as teorias dacomplexidade , como foram denominadas as conexões criadas entre a cibernética, a teoriageral dos sistemas e a teoria dos sistemas dinâmicos, no estudo dos sistema complexos. A teoria da complexidade pode apresentar importante contribuição ao estudo dos sistemas complexos. Ela dispõe de esquemas apropriados à representação de sistemas que convivemcom a dialógica partes distintas - unidas pelas interações.

3. O conceito de Sistema

Definir o termo sistema não é uma tarefa fácil. Existem muitos conceitos e usos do termo.Inicia-se a discussão pela dissertação feita por Morin (1977) a respeito da co-existência dos sistemas. Ele busca disseminar o conceito de sistema, mostrando que o ser humano é um sistema constituído por vários sub-sistemas e integrante de outros sistemas maiores. A maioria das definições de sistema, do século XVII até o surgimento da teoria geral dos sistemas com Von Bertalanffy (1956), reconhecia como características para identificação de um sistema o aspecto global e o aspecto da inter-relação dos elementos. Isto, devido ainfluência recebida dos matemáticos que consideravam o sistema como um conjunto de elementos em interação.

Morin (1977) diz que estes dois aspectos se complementam e se sobrepõem sem jamais realmente se contradizer. Assim, cita-se alguns conceitos de sistemaspara exemplificar.Um sistema “ é um conjunto de partes” (LEIBNIZ,1666 apud MORIN,1977); um sistema “ étodo conjunto definível de componentes” (MATURANA e VARELA, 1997); um sistema “é um conjunto de unidades em inter-relações mútuas”( VON BERTALANFFY, 1968);umsistema “é a unidade resultando das partes em interação mútuas”(ACKOFF,1960 apudMORIN,1977); um sistema “ é um todo que funciona como todo em virtude dos elementosque o constituem” (RAPPORT,1968 apud MORIN,1977). Um sistema “ é um conjunto deelementos em interação.” (THOM,1974). Um sistema “ é uma representação de um recorte darealidade que se possa analisar como uma totalidade organizada, no sentido de ter um funcionamento característico”(GARCÍA,2002).

Observando os conceitos citados anteriormente, pode-se notar que o conceito de organização não aparece em nenhum deles. Morin (1977) diz que a incorporação da organização ao conceito de sistema foi introduzido por Saussure, em 1931, na seguinte definição: “ o sistema é uma totalidade organizada, feita de elementos solidários só podendo ser definidos uns em relação aos outros em função de seu lugar nesta totalidade.”Assim, podemos conceber um sistema como uma unidade global organizada de inter-relaçõesentre elementos, ações e indivíduos. (MORIN,1977) Por outro lado, não basta somente conhecer os conceitos de Sistema é necessário conhecer, também, os tipos de sistemas. Os sistemas lineares foram os mais desenvolvidos e utilizados,dado a sua facilidade de intervenção e o desenvolvimento e difusão dos princípios da ciência clássica, tendo seu apogeu com a física de Newton, da qual derivou todas as metodologias cartesianas, determinísticas e reducionistas. Esses sistemas são baseados em hipóteses reducionistas da realidade, tais como: a previsibilidade, a otimização global e a precisão dos dados.

Já os sistemas dinâmicos representados por equações diferenciais não-lineares são baseados na diversidade, na imprevisibilidade e na incerteza presentes na realidade. ElesConsideram a complexidade existente em todos os sistemas vivos. Assim, segundo Capra(1996) alguns cientistas começaram a perceber que as soluções dadas pelas equações deNewton estavam restritas a fenômenos simples, regulados e complicados, enquanto acomplexidade de várias áreas pareciam esquivar-se de qualquer modelagem mecanicista oureducionista. Para Prigogine (1997) iniciava-se, um questionamento sobre a aplicação damecânica Newtoniana ao desenvolvimento dos seres vivos.A visão Newtoniana do mundo, apesar de suas limitações comprovadas, resiste até hoje dentro de determinados graus de intervenção. Contudo, sabe-se que, diante da incerteza do mercado, da concorrência crescente, do rápido fluxo de informações e das novas formas de organizações empresariais, é preciso incorporar à gestão aspectos como: a incerteza, a imprevisibilidade, a não linearidade e a complexidade inerente aos sistemas. Nesse sentido, a teoria da complexidade pode contribuir com uma base científica mais apropriada às novas tendências organizacionais. As abordagens determinísticas e cartesianas são apropriadas aos sistemas complicados, mas apresentam muitas limitações quando aplicadas aos sistemas complexos.

Segundo Snowden (2003), um sistema complicado é constituído de inúmeros componentes que podem ser identificados e definidos. As relações entre esses componentes também podem ser identificadas e definidas. Dessa forma, as causas e os efeitos podem ser separados e, compreendendo suas ligações, é possível controlar os resultados. O sistema pode ser melhorado pela otimização de suas partes, uma vez que o todo não é mais nem menos que a soma delas. Já os sistemas naturais e humanos são complexos. Um sistema complexo inclui muitos agentes que interagem entre si. Axerold e Cohen (2000) tratam os agentes como sistemas que possuem a habilidade de interagir com seu ambiente, incluindo outros agentes. Um agente pode responder ao que acontece em sua volta e realizar ações com maior ou menor propósito. É natural que, ao se pensar em agente, imagine-se uma pessoa. Contudo, observando esta definição, pode-se perceber que um agente não é necessariamente uma pessoa. A família, os negócios, ou um país inteiro pode, também, ser um agente. Mesmo um computador interagindo com outro pode ser considerado um agente. Nota-se a necessidade de observar o sistema, buscando perceber suas características, suas partes, as propriedades de cada parte e as conexões que as unem. Após, equacionar as peculiaridades do sistema estudado à forma de intervenção mais adequada.

4. Os sistemas, a complexidade e os métodos de modelagem

A complexidade de um sistema é, freqüentemente, relacionada a seu número de componentes,seus relacionamentos e os diversos fatores associados ao observador. Para ser complexo o sistema precisa possuir duas ou mais partes diferentes com conexões entre as partes que dificulte a sua separação. O conceito de sistema complexo traz a dualidade distinto-conexo. Esta dualidade estimulou o estudo dos tipos de intervenções adequadas a sistemas com tais características.

Heylighen (1988) diz que não é possível analisar um sistema complexo separando seus componentes em elementos independentes, sem que este sistema seja destruído. Logo, o método reducionista não pode ser usado para compreender um sistema complexo. O método reducionista não é adequado a modelagem de sistemas complexos por que não considerar as conexões entre os componentes, desconsidera-as para simplificar o problema. Esta constatação conduziu ao desenvolvimento do método holístico, o qual se opõe ao reducionismo, por considerar o sistema complexo como um todo, desconsiderando as partes distintas que o compõe, vendo o sistema como um todo único, sem, portanto diferir em suas partes. A abordagem holista, também não é adequada a modelagem dos sistemas complexos, por desconsiderar uma característica essencial: as partes distintas.

Outras abordagens podem ser citadas como a e Weaver(1948) apud Wu (1999) que identificou três escalas da complexidade: simplicidade organizada, complexidade organizada e complexidade desorganizada que corresponde a classificação de Weinberg’s, de 1975, em sistema com pequeno número de elementos, médio número de elementos e grande número de elementos. A simplicidade organizada caracteriza sistemas com pequeno número de significativos componentes que interagem de forma determinística e podem ser analisados pelos métodos reducionistas, cartesianos. A complexidade desorganizada ocorre quando o sistema possui um grande número de significativos componentes que demonstram alto grau de comportamento aleatório, podendo ser analisados por métodos estatísticos. A complexidade organizada caracteriza sistemas que envolvem muitos componentes, mas somente um limitado número de componentes são significativos ao objetivo do sistema. Para estes sistemas os métodos reducionistas e estatísticos são inadequados à sua análise, no primeiro caso por possuírem mais componentes do que os métodos reducionistas podem analisar, no segundo caso porpossuírem poucos componentes para alimentar os métodos estatísticos e, ainda,comportamento não aleatório impossibilitando o uso de métodos estatísticos tradicionais. A abordagem apresentada por Le Moigne (1977) diz que a complexidade implica imprevisibilidade, a emergência do novo e da mudança no interior do sistema. Para um observador o fenômeno é complexo quando apresenta uma certa imprevisibilidade potencial dos comportamentos. Já a complicação pode ser determinada, prevista e extinta. Snowden(2003) diz que num sistema complicado seus milhares de componentes e relações são passíveis de identificação e definição e podem ser catalogados.

Causa e efeito podem ser separados e, pela compreensão de suas ligações, é possível controlar os resultados. Em um sistema complexo, os componentes e suas interações estão em constante mudança e nunca épossível estabelecê-los completamente. O sistema não pode ser reduzido. Causa e efeito não podem ser separados porque estão fortemente interligados.

Complementando, Iarozinski(2001) diz que um aspecto chave da percepção do complexo reside na diferença entre a variedade do observador e a variedade do fenômeno observado. Se esta diferença é igual a infinito (todo o estado é possível) o fenômeno será percebido como complexo. Se esta diferença é finita (nem todos os estados são conhecidos, mas podem serdescritos) o fenômeno será percebido como complicado. Se ela é igual a zero (o observador conhece todos os estados) o fenômeno será percebido como simples. Pode-se perceber que enquanto os sistemas foram considerados lineares, com relações diretas de causa e efeito os métodos cartesianos de intervenção eram adaptáveis. No momento em que houve a percepção dos diferentes tipos de sistema, observou-se que determinados tipos,os complexos, necessitavam, de um método que considerasse a sua dualidade partes distintas conexões.Para os sistemas complexos é adequado método sistêmico. Apesar, dessa percepção a visão cartesiana dos fenômenos continua se sobrepondo comométodo intelectual de análise e intervenção dos fenômenos. Isto ocorre devido a maior facilidade de intervenção oferecida pelos métodos cartesianos. Eles consideram os problemas como sistemas complicados que podem ser simplificados e explicados. Enquanto as metodologias sistêmicas consideram os problemas como sistemas complexos, sendo modelados e compreendido ao mesmo tempo.

A compreensão ocorre por meio da construção edo conhecimento da inteligibilidade do problema. Os métodos cartesianos são adequados à pesquisa em sistemas complicados, como as máquinas e os computadores, mais insuficientes para pesquisar os sistemas caracterizados pela complexidade, como os sistemas sociais e humanos. Iarozinski (2001) diz que nos sistemas simples ou complicados o controle pode ser total. Estessistemas podem ser controlados a partir de uma base de regras programada, já que a suaevolução é conhecida e previsível. O funcionamento e a evolução destes sistemas estãolimitados pelo grau de sofisticação do sistema de controle.Nesse sentido, Le Moigne (1977) diz que a passagem da complicação à complexidade implica um limiar, uma mudança de método intelectual. Os sistemas que precisam ser representados e operacionalizados, já não são apenas tecidos por redes complicadas que ligam elementos identificáveis. A diferenciação e a diferença estão no mundo real e avariedade dos sistemas a conhecer torna-se incomensurável. Simon (1981) diz que os sistemas complexos apresentam uma estrutura hierárquica em formade caixas-dentro-de-caixas ou de múltiplos níveis. Os níveis são formados por sistemas e subsistemas interligados por interações. Pode-se distinguir as fronteiras do sistema pela intensidade das interações dentro dos subsistemas e entre os subsistemas. Assim, as ligações entre os componentes dos subsistemas são, geralmente, mais fracas que as ligações dentro dos subsistemas. Esta é denominada por Simon como arquitetura quase decomponível.A esse respeito, Snowden (2003) diz que é necessário uma nova ciência para lidar com os sistemas complexos. O paradigma atual do pensamento empresarial tem suas origens nas idéias de Frederick Taylor, que aplicou os conceitos da física de Newton à gestão dasempresas. A atual complexidade das relações e conexões exigem métodos mais apropriados,flexíveis e adaptáveis à realidade.Nessa exposição apresentou-se a necessidade de conhecer a interligação entre as partes do sistema, sua complexidade e sua interações para modelá-lo de forma mais adequada.

5. Conclusão

O argumento inicial deste artigo, foi o de que a sociedade atual apresenta problemas mais complexos do que os problemas das sociedades que o antecederam. A percepção do aumento da complexidade é um bom sinal, para a percepção de que nem todos os problemas podem ser solucionados pelos mesmos métodos. Os sistema podem ser complicados ou complexos. Os complicados podem ser modelados pelos métodos cartesianos, com relações de causa-efeito lineares, pois suas conexões podem ser desconsideradas sem destruir o sistema. Os complexos não podem ser modelados por métodos cartesianos, pois suas relações são dinâmicas e as conexões entre suas diferentes partes, se desativadas, destroem o sistema. Resumidamente, o quadro 5.1 apresenta os principais tipos de sistema e a forma de intervenção adequada a suas características. Apresentou-se, também, outras abordagens consideradas na literatura, tais como: o métodoholístico, a simplicidade organizada, a complexidade desorganizada e a complexida deorganizada. A abordagem holística desconsidera as partes diferentes do sistema por vê osistema como um todo único indissociável. A simplicidade organizada pode ser representadapelos métodos cartesianos, por reduzir o sistema a um pequeno número de componentes. Acomplexidade desorganizada é representada por métodos estatísticos por ser composta degrande número de componentes e possuir comportamento aleatório. A complexidadeorganizada necessita de modelagem sistêmica, por apresentar comportamento não aleatório epossuir partes distintas em conexão.Por fim, buscou-se mostrar a importância da compreensão da complexidade para identificarum sistema complexo e procurar a forma mais adequada de modelagem.

Referências

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NOTA PESSOAL:

Este artigo não envolve o futebol, pelo menos não intencionalmente, mas para um bom entendedor, meia palavra basta. É de 2004, mas para quem busca informações sobre a teoria da complexidade, um dos pilares da periodização tática que vê o fenoômeno futebol com a mesma ótica, é bem atual.

Abraço

Luis Esteves

la_futeboll@hotmail.com